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Em nota, PT anuncia resistência ao PSB

Os “Petê” de João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Santa Rita e Campina Grande devem tomar outro rumo nas eleições deste ano, na Paraíba. Não querem seguir com à candidatura de João Azevêdo (PSB) e, ao contrário disso, defende um nome próprio para a disputa majoritária paraibana.

Um dos pontos colocados pelos petistas é o lançamento do ministro Joaquim Barbosa à presidência da República pelo PSB, que os petistas entendem ser “um homem sem proposta para o Brasil”, diz a nota do Partido dos Trabalhadores.

“Um ex-ministro que, na Suprema Corte, se portou como um reles justiceiro sob o comando da mídia corporativa, com um único objetivo de criminalizar o PT. Foi ele o primeiro a rasgar a Constituição, dando início ao golpe por meu de exdrúxulo uso da ‘teoria do domínio de fato – aliás, rejeitado pelo próprio autor – para levar para a prisão, mesmo sem provas, dirigentes e militantes históricos do PT”.

Confira abaixo a nota das executivas municipais do Partido dos Trabalhadores:

“No próximo dia 26 de maio, o Encontro de Tática Eleitoral definirá os rumos do Partido dos Trabalhadores nas eleições de 2018 na Paraíba. Nesse sentido o PT/PB afirma, em resolução política recentemente aprovada, que nossa prioridade absoluta é a eleição do companheiro Lula e reitera a estrita observância a uma das principais deliberações do VI Congresso Nacional do PT: não apoiará e nem participará de chapas com partidos ou lideranças políticas que apoiaram o golpe.

Embora o PSB tenha fechado questão e votado em bloco pelo impeachment sem crime da presidenta Dilma – sendo, portanto, cúmplice decisivo do golpe – a resolução política aponta para a possibilidade de diálogo com João Azevedo, evocando o apoio e solidariedade do governador Ricardo Coutinho à companheira Dilma e ao companheiro Lula nos momentos mais difíceis.

Nós reconhecemos e agradecemos ao governador por sua postura firme e corajosa no enfrentamento ao golpe, mas o PT/PB não pode definir os seus rumos políticos tendo como norte apenas a retribuição a um posicionamento que, a rigor, era o esperado, pois diante dos processos flagrantemente ilegais, ilegítimos, injustos e inconstitucionais que levaram à deposição da companheira Dilma e à prisão do companheiro de Lula, cabia (e ainda cabe) às lideranças do campo progressista, a solidariedade e a resistência. Para o militante de esquerda, estar ao lado da Democracia, da Constituição e da Justiça na conjuntura de um golpe de Estado não é um favor a ser retribuído, mas um dever a ser cumprido.

Ademais, o PSB vem definindo opções eleitorais que colidem frontalmente com os interesses da esquerda, do PT e do campo progressista. Em nível nacional, a legenda está prestes a lançar a candidatura de Joaquim Barbosa à Presidência da República, um homem sem propostas para o Brasil, o candidato dos sonhos da direita. Um ex-ministro que, na Suprema Corte, se portou como um reles justiceiro sob o comando da mídia corporativa, com o único objetivo de criminalizar o PT. Foi ele o primeiro a rasgar a Constituição, dando início ao golpe por meio de esdrúxulo uso da “teoria do domínio do fato” – aliás, rejeitado pelo próprio autor – para levar à prisão, mesmo sem provas, dirigentes e militantes históricos do PT, como José Dirceu e José Genoíno. Na Paraíba, desenha-se uma chapa majoritária capitaneada pelo PSB com lideranças e partidos conservadores que apoiaram (e ainda apoiam) o golpe.

Ora, o povo brasileiro já entendeu a lógica do golpe e tem consciência da perseguição midiático-judicial ao PT e ao companheiro Lula, sentimentos que se objetivam na sua liderança em todas as pesquisas eleitorais à Presidência da República, no crescimento da aprovação do partido nas pesquisas de opinião e num expressivo processo de novas filiações, acelerado desde a prisão arbitrária e injusta do maior líder popular da história deste país, encarcerado numa solitária há 21 dias e, sadicamente, mantido incomunicável até hoje. Dia a dia, a indignação popular contra a prisão política de Lula se amplia e o PT cresce na confiança do povo, enquanto a militância conclama o partido ao protagonismo.

Assim, avaliamos que o PT/PB deve dialogar com os partidos de esquerda e construir uma candidatura própria ao governo do Estado, de maneira a atender à convocação da militância e oferecer uma alternativa eleitoral aos amplos setores da sociedade paraibana que, crescentemente, se sensibilizam e se mobilizam na resistência ao golpe e em defesa de Lula livre.

Só a candidatura própria do PT ao governo do Estado realmente garantirá um palanque ao companheiro Lula na Paraíba.”

 

Paraíba, 28 de abril de 2018.

Márcio Caniello
Presidente do PT de Campina Grande

Luzenira Linhares
Presidenta do PT de João Pessoa

Alexandro Batista
Presidente do PT de Cabedelo

Severino Leôncio do Nascimento Sobrinho (Biló)
Presidente do PT de Santa Rita

José de Arimatéia Souto de Oliveira – Presidente PT de Bayeux

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