Dois sem terra são assassinados; caso tem repercussão
O deputado estadual e deputado federal eleito, Frei Anastácio, está pedindo providências e empenho da Secretaria de Segurança Pública do Estado no sentido de que os assassinos de dois trabalhadores rurais sem terra mortos a tiros na noite deste sábado (08), no município de Alhandra, sejam identificados e presos.
O parlamentar soube do crime no Sertão, onde estava cumprindo agenda, e está retornando a João Pessoa neste domingo para acompanhar o caso de perto. Às 23h15 da noite de sábado, ele falou com o secretário de segurança Pública, Cláudio Lima, e recebeu a confirmação de que a Polícia está empenhada em identificar e prender os assassinos.
Os dois trabalhadores rurais sem terra foram assassinados por homens encapuzados, fortemente armados, no memento em que estavam jantando, às 19h30, no acampamento Dom José Maria Pires, no município de Alhandra. A área da Fazenda Garapu, pertence ao Grupo Santa Tereza e foi ocupada pelas famílias em julho de 2017. “É uma área sem produção, coberta por bambus. As famílias estão lá esperando uma posição do Incra sobre a desapropriação das terras”, disse o deputado.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST-PB) identificou as duas vítimas como José Bernardo da Silva, conhecido por Orlando e Rodrigo Celestino. Frei Anastácio disse que esses assassinatos são um reflexo do que já vem acontecendo, em várias partes do país, depois da eleição do presidente eleito.
“Essa já é uma forma de repressão aos movimentos sociais e suas lideranças, mesmo antes do presidente assumir. Espero que aqui na Paraíba, o Governo do Estado não permite que essa repressão se alastre com mais derramamento de sangue. Os assassinos e os possíveis mandantes têm que ser identificados, presos e devem pagar pelo que fizeram. Deixo aqui meu repúdio ao assassinato desses dois trabalhadores, meus sentimentos aos familiares, companheiros de luta e ao MST que perde dois guerreiros”, disse o deputado.
Assessoria