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Bachelet afirma que negação de líderes agravou Covid-19 no Brasil

Michelle Bachelet, a alta-comissária da ONU para direitos humanos, afirmou nesta quinta-feira (14) que a situação da pandemia de Covid-19 no Brasil se agravou com a negação, por parte de líderes importantes políticos, no começo do surto, e que, apesar de instituições fortes, há sinais de grupos políticos que significam uma ameaça à democracia.

A chilena não citou nomes. Em março, o presidente Jair Bolsonaro classificou a Covid-19 como uma “gripezinha”. A doença matou cerca de 300 mil pessoas no mundo até esta quinta-feira (14). No Brasil, foram mais de 13 mil mortos.

“Acreditamos que a negação no começo, por parte de importantes líderes políticos, levou provavelmente à difusão da infecção e que outras medidas deveriam acontecer no início, que talvez poderiam ser evitadas. Houve, eu diria, algumas decisões que ajudariam o sistema de saúde ter um desempenho melhor.”

Há uma grande polarização no país, mas tradicionalmente o sistema de saúde brasileiro é muito bom em suas reações, disse ela.

Bachelet então afirmou que ouviu que certos grupos pedem uma participação dos militares e que há sinais que podem ser uma ameaça à democracia, mas que o Brasil “tem uma sociedade e líderes muito dinâmicos que poderiam mostrar que a infecção por Covid-19 não deve ser usada para encolher o espaço cívico e as liberdades de expressão e de imprensa”.

G1 – Foto: Denis Balibouse/Reuters

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