Cândida Vargas aumenta 30% o número de partos
O Instituto Cândida Vargas (ICV) teve um aumento de 30% no número de partos durante o período de pandemia, absorvendo pacientes da Maternidade Frei Damião, que está destinada apenas para gestantes com Covid-19 em função do plano de contingência da doença no Estado. Para atender ao aumento do fluxo, que passou de 456 partos em março, por exemplo, para 588 em maio, a maternidade da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) reforçou a equipe médica e criou um protocolo de acompanhamento para evitar superlotação e contaminação de gestantes com o novo coronavírus.
O ICV realiza uma média de 450 partos por mês, dos quais aproximadamente 45% são de gestantes residentes em João Pessoa. Os outros 55% são de mulheres vindas do interior da Paraíba, que buscam em João Pessoa a boa qualidade dos atendimentos para terem seus bebês. Mas durante a pandemia, a maternidade viu estes números crescerem a partir do momento em que a Maternidade Frei Damião parou de atender pacientes não diagnosticadas com a Covid-19.
“Nós absorvemos estas gestantes que antes eram atendidas na Frei Damião. Apesar de que era esperado um aumento no número de partos, acreditávamos que muitas mulheres do interior permaneceriam nas suas cidades. Mas conseguimos nos planejar e aumentar a capacidade de realização de partos sem ocasionar superlotação na Cândida Vargas”, afirmou o diretor do ICV, Juarez Augusto. Segundo ele, enquanto a média é de 14 partos por dia, chegaram a ser feitos 29 partos em um único dia.
Dentre as medidas para evitar casos de contaminação de Covid-19 na maternidade e entre gestantes ou puérperas, o ICV suspendeu o acompanhamento no pré-parto e limitou o acompanhamento pós-parto a 6 horas em caso de parto normal e 12 horas nos casos de parto cesária. O tempo de internação das novas mamães também foi reduzido em 30%, para abrir espaço para novas gestantes. Além do controle rígido, a ICV conta também com dois leitos de isolamento para Covid-19.