Dois ministros votam contra reclamação de Ricardo

Homem da tornozeleira eletrônica, o ex-governador Ricardo Coutinho sofreu outra derrota no Supremo Tribunal Federal, depois que os ministros Edson Fachin e Ricardo Lewandovski seguiram o voto de Gilmar Mendes, negando reclamação de RC contra o TJ da Paraíba – leia-se do desembargador Ricardo Vital, relator da Operação Calvário.
Faltam votar os ministros Celso de Mello e Carmén Lúcia, cujo julgamento será concluído dia 4 de agosto. Coutinho pede para “exercer o devido contrário e ampla defesa com relação ao material a ser eventualmente disponibilizado em razão desta decisão”.
Quer ter acesso, ainda, em sua plenitude, das colaborações que o acusam de “comandante máximo” da organização criminosa instalada na Paraíba durante o governo Ricardo Coutinho, a partir de um contrato com a Cruz Vermelha, a gaúcha, que nada tem a ver com aquela que cuida de grandes catástrofes.
No entendimento do ministro Gilmar Mendes e do desembargador Ricardo Vital o processo ainda se encontram em investigação, estando em outra esfera do Judiciário e Ministério Público. “Não foram disponibilizados à defesa documentos que não estão sob a responsabilidade e poder da autoridade reclamada”, destacou Mendes, relator do caso.
A estratégia de Ricardo Coutinho é testar os votos no Supremo Tribunal Federal e entrar com o relaxamento das medidas cautelares, a exemplo de retirar a tornozeleira eletrônica da qual faz desde que ganhou da liberdade em dezembro do ano passado.