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Veneziano critica o quarto reajuste dos combustíveis

O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) criticou nesta quinta-feira (18) mais um reajuste nos preços dos combustíveis autorizado pela Petrobras, o 4º da gasolina e o 3º do diesel só este ano. Com os novos reajustes, o litro da gasolina nas refinarias acumula alta de 34,78% desde o início do ano. Já o diesel subiu 27,72% no mesmo período.

Segundo o parlamentar, que é Vice-Presidente do Senado Federal, o governo brasileiro tem que alterar a forma de reajuste dos combustíveis urgentemente, sob pena de sermos penalizados, nos próximos meses, com reajustes bem mais frequentes e maiores, considerando a expectativa de consideráveis altas do dólar para este ano. Segundo Veneziano, não basta propor alteração nos tributos que incidem sobre os combustíveis se a Petrobras continuar penalizando o consumidor com sucessivos e elevados reajustes.

Para o senador paraibano, o Brasil tem realidades diferentes em relação ao mercado internacional que devem ser consideradas para da definição de uma política de reajustes dos combustíveis. “Não se pode relevar a realidade de um país com dimensões continentais, com sua economia de características bem próprias e que diferem do padrão internacional”, afirmou.

Veneziano Vital ressaltou que, no Brasil, existe uma dependência direta dos preços dos combustíveis, sobretudo do diesel, para a definição de reajustes de bens de consumo, principalmente dos alimentos. “Por isso que um reajuste de combustíveis tem um impacto enorme na alta dos preços de produtos diversos, inclusive os de primeira necessidade, o que gera mais inflação e mais dificuldades para a subsistência, especialmente das famílias mais carentes”.

Por conta dessa e de outras peculiaridades, Veneziano disse que a política de reajuste dos preços dos combustíveis no Brasil não pode continuar atrelada ao mercado internacional, que tem uma realidade totalmente diferente. “Não podemos basear a nossa realidade, nossas peculiaridades, nossas dificuldades, com as especificidades de outras nações. É injusto e incompatível”, salientou o senador.

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