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‘O amor é mais forte do que a morte’ – Por Fátima Bezerra

Recebi, há alguns dias, mensagem de uma amiga muito querida, médica, mulher de Deus. Relutei em publicá-la, mas meu coração me inquietou tanto, que passo a transcrevê-la, para, ao final, algumas considerações.

“Em todas as vezes que me concentrava para rezar por Maranhão, a imagem que me vinha era de uma fonte de água cristalina, luminosa, entremeada com o brilho de pequenas estrelas, incidindo sobre sua cabeça. Essa visão era uma constante. Depois de algum tempo, esse jorro se espalhou por todo o seu corpo. Uma cena lindíssima!

Posteriormente, quando da primeira ocasião em que houve uma piora do quadro clínico, mesmo antes de você, Fatinha, me falar a respeito, ao rezar, o quadro se apresentou diferente. Toda a luminosidade permanecia, mas Maranhão estava sentado no leito.

Cheguei a comentar como você sobre esse fato, que, a princípio, não entendera, e interpretei como sendo a elevação do seu espírito.

Achei que aquele momento seria a ocasião da passagem.

Fielmente, acreditei nisso. Mas, agora, entendo que não era o momento. Vocês ainda não estavam preparados e ocorreu o inesperado, uma melhora que foi persistente (o que eu inclusive não esperava, voltando-me para a minha experiência de médica). Foi o milagre do amor. O seu amor o fez voltar e permanecer ao seu lado, preparando-a.

Depois, desse momento, não voltei a falar a respeito dessas visões, até porque sabia se era o que você queria ouvir.

Agora, já que você permitiu, vou contar como se sucederam.

Ele permaneceu sentado, recebendo a luz que jorrava da fonte. Já perto de sua passagem, segurava uma criança em seus braços e ambos eram envolvidos pela luz.

Não sei interpretar o significado, minha amiga.  Mas, a visão era muito linda, de uma paz e um conforto imenso”.

 

Siga o transcrito da desembargadora Fátima Bezerra:

“De fato, no tempo em que recebi os primeiros relatos, não quis me aprofundar nos detalhes e no sentido dessa visão… talvez com receio de interpretar o anúncio da sua iminente partida. Inclusive, uma outra amiga, Irmã Adir, também havia me falado,  que, como fruto de oração, vira José Maranhão no leito, envolto em grande luminosidade, sentindo a presença de Nossa Senhora. Em ambas as revelações, eu senti a presença do sobrenatural, mas, naquele instante, eu só canalizava meu pensamento para a sua recuperação.

Recusei-me a aceitar os sinais que o Senhor me enviava.

Há muito, tenho, por hábito, após períodos de oração, abrir aleatoriamente uma página da Bíblia, para ver se encontro respostas às minhas preces ou alguma orientação Divina, que me faça enxergar a vontade de Deus. Naqueles dias, as passagens Bíblicas que surgiam falavam diretamente em morte e ressurreição. Eu, mais voltada para a minha vontade terrena, de restabelecimento da saúde do meu marido, só me fixava em renascimento, restauração, recuperação.

Mas, Senhor, apesar de não ter recebido as revelações que indicassem a concretização do meu desejo humano, da permanência dele entre nós, não tenho como me rebelar contra Vós! Nas visões que me relataram, só havia luz, conforto, paz, o que remete à presença viva de Jesus e Maria, ao lado do Nosso Amor!

E, agora, ciente dos detalhes da visão recebida pela minha amiga, é impossível não fazer a ligação da criança que, naquela imagem meu marido segurava em seus braços, com o bebê, que, gerado em meu ventre, não pôde vir com vida ao mundo. Até hoje, recordo-me das palavras da Dra. Suzana Mendonça: “seria um menino, hoje é um anjo no céu!”

Seu filho, nosso filho, veio recebê-lo, Meu Amor!

E Deus, com sua infinita bondade, fez questão de me anunciar essa graça, através de uma mulher cheia do Espírito Santo, mostrando que, realmente, o amor é mais forte do que a morte.

Com toda a emoção que hoje sinto, digo: Obrigada, Senhor! Obrigada pela linda família que formamos. Alguns habitam a terra, outros, estão no céu!”

Fátima Maranhão

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