Falar em eleições de OAB é falar em frases de impacto e bons discursos. A retórica é necessária para sensibilizar as pessoas, atrair atenção e admiração. Certamente, ninguém foi mais citado do que Heráclito Fontoura Sobral Pinto nos últimos atos na advocacia paraibana. Mineiro, formado na UFRJ, Sobral foi conselheiro federal pela OAB/AM. Citá-lo é nada mais que justo!
No lançamento do documentário “Sobral- o homem que não tinha preço”, dirigido pela sua neta, em 2013 no Conselho Federal da OAB, Paula Fiúza informou que a memória do seu avô deve ser mantida, pois “ele era um exemplo de ética, de coragem, era uma pessoa independente, que obedecia única e exclusivamente a sua própria consciência.”
Sobral era criminalista, não cobrava aos seus clientes, lutava por justiça, era simples e sem vaidade. Chegou a ser indicado por Juscelino ao STF e recusou.
Defensor da liberdade e da democracia, a máxima “advocacia não é profissão de covardes” é a atribuída a ele, Sobral.
Será que temos “Sobrais” na advocacia paraibana, capazes de lutar pela classe com coragem, sem “roer o osso da Casa da Cidadania”?
Como diz Sobral, democracia é universal, não há “democracia à brasileira”.
Como em toda democracia, na institucional a alternância, também, é necessária. “Dança das cadeiras”, não vale.