Ao Wscom, o promotor Octávio Paulo Neto, coordenador do Gaeco, comentou as declarações do ex-governador Ricardo Coutinho, que se declara “inocente” nas investigações da Operação Calvário, em que é acusado de “comandante máximo” de uma Orcrim que teria desviado R$ 134 milhões da saúde e da educação dos paraibanos.
“Este estado psicológico de negação é bem peculiar e ele (Ricardo) tem todo direito de erigir qualquer narrativa, porque no Brasil inexiste crime de perjúrio, por decorrência do chamado princípio ‘nemo tenetur se detegere’ o direito de não produzir prova contra si mesmo”, comentou Paulo Neto.
Coutinho comparou a Calvário com a Lava Jato. O Wscom perguntou e o coordenador do Gaeco respondeu:
– Ontologicamente, a Calvário não guarda absolutamente nenhuma ligação com a Lava Jato, até porque as matrizes de prova são totalmente diversas. No caso da Calvário existe uma miríade de provas, áudios, vídeos, relatórios de diversos órgãos de controle, portanto, são cenário diversos.
O ex-governador se acosta no então presidente Lula para se livrar das ações penais em tramitação no Judiciário, e apela para o julgamento dos seus malfeitos na esfera eleitoral.
Blog de Marcone Ferreira
