Brasil feminino estreia com goleada sobre China: 5 a 0
Que estreia! Com dois gols de Marta, um ataque envolvente e participativo, com Bia Zaneratto, Debinha e a reserva Andressa Alves também marcando, e a goleira Bárbara brilhando nos momentos mais difíceis, a seleção brasileira feminina goleou a China por 5 a 0 nesta quarta-feira, em Miyagi, na abertura do Grupo F dos Jogos Olímpicos de Tóquio. O placar repete a melhor estreia brasileira em Olimpíadas, a goleada sobre Camarões em Londres-2012, e mantém a escrita da seleção feminina, que venceu todas as partidas iniciais em suas sete participações nos Jogos.
Marta se tornou a primeira jogada a fazer gol em cinco edições de Olimpíadas. Com os dois que fez na estreia, chegou a 12 na história do torneio, e agora está a apenas dois de igualar a também brasileira Cristiane, a maior artilheira do futebol olímpico.
Após o jogo, Marta explicou por que abriu mão do pênalti para Andressa Alves marcar o quarto do Brasil, e disse que dedicou seus gols à noiva, a zagueira americana Toni Pressley, que é sua companheira também no Orlando Pride.
– Agora a gente pode contar com ela (Andressa Alves) e com todas as outras meninas que estavam de suplente. Aqui não tem vaidade, tem uma equipe que vai trabalhar todas juntas. Fiquei feliz que ela fez o gol, se ela tivesse perdido (o pênalti) eu ia ficar brava – brincou Marta, que celebrou os gols fazendo um T com os braços erguidos.
– O T foi para a Toni, tentei fazer no primeiro gol mas a galera me abraçou, depois fiz no segundo. Começamos com o pé direito, vamos que vamos, é só o começo.
Com um primeiro tempo praticamente perfeito, o Brasil resistiu à pressão inicial da China, confirmando a confiança de Pia Sundhage no sistema defensivo, e mostrou o “samba style” no ataque, abrindo 2 a 0 em jogadas de muita movimentação do trio Marta-Debinha-Bia Zaneratto. No primeiro gol, aos oito, Debinha cabeceou no travessão, Bia brigou pelo rebote, e a bola sobrou para Marta chutar e fazer seu 11º gol em Olimpíadas. Aos 21, Bia chutou forte, a goleira deu rebote, e Debinha ampliou para o Brasil.
G1 – Foto: KOHEI CHIBAGARA / AFP