João não está obrigado a recepcionar novos petistas
Ninguém recusa voto, ainda mais em se tratando de uma disputa derradeira como o segundo turno. Mas o governador João Azevêdo (PSB), em particular, já conta com o apoio dos verdadeiros petistas, aqueles que torceram o nariz para a volta de Ricardo Coutinho, encrencado com ações penais no âmbito da Operação Calvário.
Então, o governador reeleitoral não precisa fazer muito esforço para receber a adesão do petismo, refiro-me não a agremiação local, mas do ex-presidente Lula. Azevêdo votou no petista na eleição presidencial contra o atual presidente Jair Bolsonaro, uma preferência que não é de agora, em especial pela presença do socialista Geraldo Alckmin na chapa.
O petismo de Coutinho e Jackson Macêdo, e de poucos, não interessa no palanque do governador reeleitoral, mas, sim, quem já está no barco desde os primeiros momentos da campanha à reeleição do chefe do Executivo paraibano. Essa trupe da Calvária petista precisa ficar bem distante da campanha no segundo turno. Sequer, conseguiram se eleger.
A reunião marcada para amanhã que o petismo disse que iria fazer para decidir com quem vai ficar no segundo turno nasce “nate morta”. Sabe-se, inclusive, antecipadamente, que será liberar os petistas a votar em João, para depois, em caso de vitória, ir atrás de uma boquinha na estrutura do governo estadual.
É pra isso que servem neste momento.
Blog de Marcone Ferreira