Os senadores que pediram a criação da CPI das Pesquisas Eleitorais aguardam a leitura do seu requerimento no plenário o quanto antes, para sua instalação imediata, até porque a comissão só poderá funcionar até o final de janeiro, quando a atual legislatura chega ao fim. E todos conhecem o estilo “roda presa” do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. A CPI só pode ser instalada após a leitura do requerimento no plenário.
O autor requerimento, o senador Marcos do Val (Podemos-ES), que logo ganhou apoio de outros 29 senadores. argumenta que as pesquisas eleitorais têm impacto sobre a decisão de voto dos cidadãos, e que as variações de prognósticos entre diferentes institutos indicam “óbvia e inegável existência de desvios inaceitáveis”. Para o senador, há possibilidade convincente de preferência de alguns institutos por determinados candidatos.
De acordo com o Regimento Interno do Senado, o trabalho de uma CPI não pode ultrapassar a legislatura em que ela foi criada.
Marcos do Val quer apurar as expressivas discrepâncias em eleições recentes entre os números de intenção de voto apresentados em pesquisas eleitorais e os eventuais resultados das urnas.
Para isso, ele pretende que a CPI investigue as metodologias e sistemas de realização de pesquisas, a partir de elementos sociológicos, matemáticos e demográficos, mas também “político-partidários”. O objetivo é identificar quais institutos operam “fora das margens toleráveis”.
Influência criminosa
Senadores que já assinaram o requerimento se manifestaram nos últimos dias defendendo a criação da CPI. É o caso de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que disse nas redes sociais que os institutos de pesquisa “induziram” os eleitores e influenciaram os pleitos “de forma criminosa”.
Diário do Poder