Técnicos do Instituto Médico Legal (IML) concluíram que a causa da morte das 62 vítimas do acidente aéreo da Voepass em Vinhedo (SP) foi politraumatismo, ou seja, todos os ocupantes morreram quando a aeronave atingiu o solo.
O avião modelo ATR-72 que saiu do aeroporto regional de Cascavel, no Paraná, com destino a Guarulhos, despencou quatro mil metros em apenas dois minutos no interior de São Paulo.
Os motores e outras peças importantes para a investigação já foram retirados do local do acidente e encaminhados a uma unidade da Força Aérea Brasileira no Aeroporto Campo de Marte, na capital paulista. A análise dos componentes juntamente à extração de dados da caixa-preta, incluindo os diálogos entre piloto e co-piloto, vão revelar se houve alguma pane na aeronave.
Um relatório preliminar sobre as causas do acidente deve ser divulgado em até 30 dias.
Segundo especialistas, a principal hipótese é que uma formação de gelo tenha feito o avião perder velocidade e sustentação, caindo em parafuso.
“É possível que a formação de gelo tenha contribuído, mas não seja a causa do acidente. Não podemos descartar nada, pode ser até que tenha acontecido falha no motor”, explica o perito aeronáutico Daniel Kalazans.
O modelo ATR-72, de fabricação francesa, tem dois mecanismos para combater o gelo: um que aquece partes do avião e outro que quebra o gelo, por meio de uma camada de borracha que infla. O piloto é o responsável por acionar esses sistemas.
Band/Uol