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Em São Vicente do Seridó, PF apura desvio de recursos

Familiares também alvos

A Operação Inside Out da Polícia Federal investiga possíveis crimes de desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro no município de São Vicente do Seridó-PB, entre os anos de 2018 e 2020.

A ação foi deflagrada na manhã desta terça-feira (27/8). A ex-prefeita Maria Graciete do Nascimento Dantas, seu Manoel Dantas e o genro Thiago Xavier. Eles ocuparam os cargos de secretário de Transporte e de Administração, respectivamente. Uma arma de fogo foi apreendida durante as buscas.

Na manhã desta terça-feira (27), a Polícia Federal lançou a Operação Inside Out, com o objetivo de investigar possíveis crimes de desvios de recursos públicos, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro no município de São Vicente do Seridó, na Paraíba, entre os anos de 2018 e 2020.

Entre os alvos da operação estão a ex-prefeita Maria Graciete do Nascimento Dantas, seu marido, Manoel Dantas, e o genro, Thiago Xavier. Manoel e Thiago ocuparam, respectivamente, os cargos de secretários de Transporte e de Administração durante o período investigado. Durante as buscas, uma arma de fogo irregular foi encontrada em posse do marido da ex-prefeita.

De acordo com as investigações, a prefeitura contratou uma empresa de fachada para a construção de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), utilizando recursos federais no valor de R$ 627.283,24. A equipe responsável pela investigação descobriu que, no endereço registrado como sede da empresa, funcionava uma padaria e que, na época da obra da UBS, a empresa não possuía funcionários registrados.

A operação cumpriu três mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal de Campina Grande/PB. Um dos mandados foi cumprido na zona rural de São Vicente do Seridó, enquanto os outros dois ocorreram em Campina Grande, nos bairros Jardim Tavares e Liberdade. Além disso, a Justiça Federal determinou a quebra do sigilo fiscal da empresa envolvida.

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de apropriação de verbas públicas, fraude licitatória, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Caso sejam condenados, as penas podem somar até 29 anos de prisão.

A operação foi batizada de “Inside Out”, que significa “de dentro para fora”, em alusão à suspeita de que agentes públicos internos e pessoas próximas à gestão municipal tenham utilizado informações privilegiadas para manipular licitações.

A Polícia Federal informou que não haverá coletiva de imprensa sobre a operação.

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