Dez pessoas foram presas preventivamente nesta terça-feira (3) em uma operação que apura crimes envolvendo a concessão de serviço funerário de Criciúma, no Sul de Santa Catarina. O prefeito da cidade, Clésio Salvaro (PSD), também foi detido. Ele está no segundo mandato e, portanto, não concorre à reeleição.
As investigações estão sob sigilo e, até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre quais crimes foram cometidos pelos alvos dos mandados.
A ação desta manhã é a segunda fase da Operação Caronte, iniciada em 5 de agosto deste ano, quando buscas foram feitas na sede da prefeitura de Criciúma e na casa do prefeito. Sete mandados de prisão preventiva também foram cumpridos à época.
Segundo o Ministério Público, os alvos da primeira etapa da operação foram denunciados em 20 de agosto pelos crimes de organização criminosa, fraudes licitatórias e contratuais, corrupções, crimes contra a ordem econômica e economia popular envolvendo a concessão de serviço funerário de Criciúma. Naquela ocasião foram analisadas provas e ouvidos 38 depoimentos.
Nesta manhã, outros investigados foram detidos em Jaraguá do Sul, no Norte, São José, na Grande Florianópolis, e em Florianópolis.
Procurada, a administração municipal afirmou que não foi comunicada oficialmente dos fatos. Já a equipe de Salvaro divulgou um vídeo em que o político nega envolvimento em crimes e cita questões políticas. Ele está no segundo mandato e não pode concorrer à reeleição (leia mais abaixo).
Comandada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC), ligados ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), a operação também teve apoio da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos.