Diretor financeiro do SINTEP enfrenta grave acusação de estupro de criança
Denúncia tramita na Justiça desde 2014, ano que ocorreu o suposto crime
Publicado no portal do jornalista Dércio Alcântara, uma acusação de estupro ocorrido em 2011 repercute até os dias atuais, cuja informação envolve o diretor financeiro do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (SINTEP-PB), Ronaldo dos Santos Cruz.
A denúncia segue tramitando na Justiça, inclusive levanta dúvidas sobre como uma pessoa com tais antecedentes pode ocupar uma posição de liderança em uma entidade que representa profissionais da educação.
Para entender o caso siga com a leitura abaixo:
“Conforme o inquérito policial, os abusos teriam ocorrido entre 2011 e 2013, quando Ronaldo, então com 52 anos, era casado com a tia da vítima, forçando a convivência familiar. A criança relatou que era abusada sexualmente durante visitas à granja do acusado no distrito de Gurugi, em Conde. Segundo os depoimentos, Ronaldo realizava toques íntimos e outros atos libidinosos contra a menina, aproveitando-se da proximidade familiar e da vulnerabilidade da criança.
Os abusos, que duraram dois anos, foram denunciados em 2013 pela própria vítima à mãe. A Promotoria de Justiça de Alhandra formalizou a acusação em 2014, mas, até o momento, o caso segue sem julgamento.
A permanência de Ronaldo Cruz em um cargo de relevância no SINTEP-PB, uma entidade que congrega profissionais responsáveis pela formação e proteção de crianças e jovens, gera consternação. Como pode uma instituição de tal importância abrigar, entre seus diretores, alguém com acusações tão graves? A falta de um posicionamento claro do sindicato aprofunda as críticas à sua gestão e à negligência com a gravidade do caso.
Movimentos sociais, como a Marcha Mundial das Mulheres, reagiram veementemente à denúncia. Em nota, o grupo exigiu o afastamento imediato de Ronaldo do SINTEP-PB e de outras funções públicas, reforçando a urgência de um posicionamento firme contra a violência de gênero e sexual.
A organização também cobrou agilidade da Justiça, que até agora não realizou o julgamento do caso, mesmo com a classificação do crime como hediondo.
“Instituições como o SINTEP e o Partido dos Trabalhadores, aos quais Ronaldo está vinculado, devem enfrentar essa situação com medidas efetivas e de proteção às vítimas”, diz trecho da nota da Marcha Mundial das Mulheres.
Apesar da gravidade da denúncia, o processo encontra-se parado há cinco anos. A promotora Cassiana Mendes de Sá determinou prioridade na tramitação do caso, mas ainda não houve avanços significativos. A morosidade do sistema judicial em crimes desse tipo reforça a sensação de impunidade e alimenta a descrença da sociedade.
O que diz o SINTEP?
Até o momento, o SINTEP-PB não se pronunciou oficialmente sobre as acusações ou as demandas pelo afastamento de Ronaldo Cruz. O silêncio da entidade compromete sua imagem, especialmente considerando o papel central que ocupa na defesa dos direitos e da educação das crianças e jovens paraibanos.
A presença de Ronaldo dos Santos Cruz em um cargo de liderança no SINTEP-PB representa um grave conflito ético para a entidade e expõe a fragilidade no enfrentamento de crimes de abuso sexual em instituições públicas e privadas. A sociedade exige não apenas respostas, mas ações concretas para proteger as vítimas e preservar os valores que o sindicato deveria representar.”
Confira matérias relacionadas, de acordo com o site PoderPB