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Taxa de juros deve subir e chegar a 13,25% ao ano

Copom deve manter ritmo forte de alta, conforme previsão

Na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) chefiada pelo novo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Banco Central deve manter o ritmo de promover uma forte alta de um ponto percentual na taxa básica de juros da economia, de 12,25% para 13,25% ao ano.

Essa é a expectativa de quase todos economistas do mercado financeiro, que têm por base indicação do próprio Banco Central — feita em dezembro do ano passado.

Se confirmada, será a quarta alta consecutiva da taxa Selic. E a projeção é de novos aumentos nos próximos meses, com taxa superando 15% ao ano em meados de 2025, maior nível em quase 20 anos.

Essa também será a primeira reunião do Copom em que os diretores indicados pelo presidente Lula serão maioria no colegiado, ou seja, eles serão responsáveis diretamente pela decisão tomada.

  • Com a autonomia operacional do BC aprovada pelo Congresso Nacionale válida desde 2021, os diretores da instituição passaram a ter mandato fixo.
  • Até o fim do ano passado, o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, assim como a maioria da diretoria, era composta por indicados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Lula e o Partido dos Trabalhadores

Campos Neto e a diretoria anterior do BC, indicada por Bolsonaro, foram alvo de ataque constante não somente do presidente Lula, mas também da presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, por subir a taxa básica de juros em um patamar considerado excessivo. A crítica era de que isso frearia demais a economia, com impacto nos empregos e na renda.

No fim do ano passado, Lula baixou o tom. Ele publicou um vídeo, ao lado de ministros e de Galípolo defendendo a estabilidade econômica no país e o combate à inflação. E também fez acenos ao mercado e prometeu que ‘jamais haverá interferência’ na gestão do futuro chefe da autoridade monetária.

“A nomeação de Gabriel Galípolo como presidente do Banco Central levanta questionamentos sobre a independência da política monetária [definições dos juros] e os impactos que suas decisões podem ter sobre o mercado financeiro e imobiliário. Se Galípolo seguir a linha do governo, pode haver uma pressão política para reduzir os juros mais rapidamente, o que poderia impulsionar o crédito e facilitar o financiamento imobiliário”, pontuou Pedro Ros, CEO da Referência Capital.
G1 – Foto: Reprodução

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