Cidade
Secretário crê em avanço das negociações com policiais
Jean Nunes critica 'politização' do movimento e confessa otimismo
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O secretário de Segurança Pública da Paraíba, Jean Nunes, disse, na noite dessa segunda-feira (24), que o governo “vai até o limite” no diálogo sobre recomposição salarial, mas advertiu que a “politização” do movimento e o ‘terrorismo” criado “por alguns” “só atrapalha” o avanço das negociações. A declaração foi ao programa Hora H, da TV Manaíra.
“O pleito administrativo está sendo tratado por quem realmente pode resolver, que é o governo e o governador. Agora permitir que quem é político ou quer entrar na carreira de político passe a atacar o governador, que é a pessoa que pode resolver essa pendência, não é um caminho bacana. Politização só atrapalha. Atacar, de forma desrespeitosa, o governador na frente da Granja Santana, isso não constrói”, alertou Nunes.
O secretário manifestou a convicção de que as polícias contam com maturidade suficiente para não se deixarem ser usadas com fins eleitorais. “As forças de segurança têm essa maturidade de não se deixar levar por discursos inflamados direcionando a não aceitar propostas”, ressaltou.
“A gente vê que o compromisso (de alguns) não é melhorar o salário, o interesse é protelar o movimento para ter ganhos eleitorais o quanto mais próximo da eleição. Politizar o tema não vai trazer benefício para nenhuma categoria”, reforçou.
Governo faz recomposição desde 2019
Na entrevista ao jornalista Heron Cid, o secretário Jean Nunes recordou que o trabalho de recomposição salarial das polícias acontece desde 2019. “Essa recomposição e pendências históricas vêm sendo corrigidas. Temos mais de 15 mil promoções, que não são represadas mais. A recomposição seja com incorporação da bolsa, com melhoria de ajuda de custo operacional e possiblidade de promoções, encaminhamento de lei de organização básica, plano de cargos e carreira, que gera progressões horizontais e verticais”, elencou.
Ele demonstrou confiança no êxito da negociação: “Tenho certeza que haverá um acordo, diante do diálogo”. Jean repetiu o que vem dizendo o governador João Azevêdo sobre o tema: “O governo vai ao seu limite para avançar nessa questão”.