Mobilidade elétrica no Brasil
C-MOVE reúne os players do mercado de eletromobilidade em Brasília.

*Por Glaucia Pereira
A eletromobilidade, em 2024, bateu um novo recorde no Brasil. 177.358 veículos eletrificados leves foram emplacados de janeiro a dezembro do ano passado, 89% acima dos 93.927 de 2023. Só em dezembro, as vendas chegaram a 21.634, de acordo com a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE).
Em relação à frota de ônibus, as líderes de mercado, como Mercedes-Benz, Marcopolo, Eletra, Caio e BYD, informam que estão prontas para ampliar o mercado. ABVE informou que o setor tem condições de produzir até 9.920 ônibus elétricos por ano, podendo alcançar 25 mil com os investimentos previstos pelas empresas até 2028.
A associação considera como veículos eletrificados todas as tecnologias disponíveis no mercado brasileiro com algum grau significativo de eletrificação: os 100% elétricos (BEV), híbridos plug-in (PHEV), híbridos puros (HEV), híbridos a gasolina/álcool (HEV Flex), e micro-híbridos e mild hybrid (MHEV).

O Congresso de Mobilidade Verde e Veículos Elétricos (C-MOVE), realizado em Brasília, provou que a cadeira de produção da eletromobilidade está em franca expansão. A respeito do tema, o CEO da C-MOVE, Ricardo Guggisberg, afirmou que “o maior volume de indústrias está em São Paulo, mas novas iniciativas estão se expandindo e trazendo soluções para esse marcado”.
O C-MOVE tem por objetivo estimular os debates e promover as vantagens da eletrificação na mobilidade urbana. “A expectativa é que o congresso possa ser um motor para que o setor de engenharia se atualize e se aproxime da eletromobilidade”, enfatizou Ricardo, que é uma voz ativa pelo desenvolvimento do transporte sustentável.
Como palestrante, tive a oportunidade de dividir o painel com Roberto Wagner e Ricardo Nascimento, ambos da Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas (ABEE). Na ocasião, falamos sobre os desafios do CREA,CONFEA e MÚTUA frente aos desafios da eletromobilidade.
Os engenheiros eletricistas precisam se atualizar sobre este mercado, que além de garantir maiores oportunidades, é um vetor de desenvolvimento sustentável.
* Gláucia Pereira é engenheira eletricista com mais de 40 de experiência. Atuou por mais de 27 anos na Energisa Paraíba e na CONTROL, empresa terceirizada de diversas distribuidoras, entre elas a Eletrobrás Piauí e Amazonas Energia. É ex- Conselheira do Conselho Estadual de Proteção Ambiental (COPAM) e desde 2020 é Conselheira Estadual do CREA-PB. Atualmente, é sócia da GENS ENERGIA, da Rio Salgado Geração de Energia Elétrica, Vice-Presidente da Associação de Engenheiros Eletricistas (ABEE Nacional) e Diretora Administrativa da Associação Paraibana de Engenheiras Agrônomas e Geocientistas (APEAG), autoras de livros e artigos.