1º de maio: o automobilismo não é o mesmo sem Senna
Ayrton fazendo falta: ele morreu no dia dedicado aos trabalhadores

Ayrton Senna da Silva morreu no dia 1º de maio de 1994, há 31 anos, após entrar em uma pista de corrida pela última vez. O piloto bateu a mais de 200 km/h na curva Tamburello, no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália.
Como relembrou Galvão Bueno em entrevista ao podcast O Assunto, o fim de semana da morte de Senna foi marcado por acidentes — no dia anterior, o austríaco Roland Ratzenberger morreu, o que deveria ter cancelado o GP; dois dias antes, foi Rubens Barrichello quem precisou ser socorrido.
Neste episódio, que foi ao ar em 1º de maio de 2024, Galvão também revelou uma conversa que só ele viu entre Senna e o empresário do piloto na época antes da última corrida do brasileiro.
“Uma coisa que só eu vi. Ele, antes da corrida, ele chamou o Julian Jacobs, que era o empresário dele na Europa, um inglês, e disse: ‘Julian, se vira e me arruma uma bandeira da Áustria’. E o Julian fala: ‘onde eu vou arrumar’? [Senna responde] ‘Problema seu, me traga uma bandeira da Áustria que eu vou botar ela dentro do carro, eu vou ganhar a corrida, eu vou prestar uma homenagem’.”
Galvão, voz das grandes vitórias de Senna e que virou amigo pessoal do piloto, também rechaçou as especulações de que ele não queria correr naquele dia. “Acho que isso responde tudo. Ele estava perturbado, claro que estava, todos estavam, todos estavam perturbados, todos. Mas que não queria correr ou que sabia que ia morrer? Absurdo.”
Segundo Galvão, muita coisa envolvendo a segurança dos pilotos mudou após a morte de Senna — inclusive por inciativa do próprio Senna.
Senna conquistou três títulos mundiais, venceu dezenas de provas e carregou uma legião de admiradores por onde passou. Relembre a gloriosa trajetória do brasileiro neste episódio de O Assunto.