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Senador alerta para o risco do decreto das armas

Em pronunciamento no plenário do Senado, o Senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) manifestou sua preocupação com o Decreto 9.785, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, que facilita o porte de armas de fogo para 19 categorias. Veneziano teme que o Decreto, já questionado por juristas e que se tornou alvo de ação no Supremo Tribunal Federal (STF), estimule, ao invés de combater a violência.

Ao fazer exemplificações para alertar sobre a facilidade que pessoas terão de acessar armas e munições, sem rígidos controles, Veneziano disse que, em breve, o clube que terá o maior número de sócios-torcedores não será nenhum time de futebol, mas um ‘clube de atiradores’, porque será uma forma mais fácil de acessar uma arma.

“Eu vou me apresentar como caçador. Ah, eu sou caçador de borboletas, eu quero uma arma para me deslocar. Eu sou colecionador de armas, eu quero armas e munições, porque também o Presidente da República acha por bem que discutir segurança pública é entregar munição e armas aos brasileiros” lamentou.

Ele fez um apelo aos Senadores para reagirem contra a medida, que fere o Estatuto do Desarmamento e não resolve a questão da segurança pública. Segundo Veneziano, a ideia do presidente Bolsonaro de facilitar o acesso da população a armas e munições para reduzir os índices de criminalidade não tem qualquer fundo de lógica.

Deseducação – Ainda na tribuna do Senado, Veneziano voltou a criticar a decisão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, de cortar 30% dos recursos destinados às universidades públicas brasileiras. O parlamentar classificou a medida do Governo Federal como um “ataque de morte” às instituições públicas de ensino superior.

“Se, na Paraíba, a Universidade Federal haverá de ter, lamentavelmente, perdas da ordem de R$ 45 milhões, eu não sei quantos milhões serão impostos, em termos de prejuízo, a Minas Gerais e às suas universidades, a Pernambuco e às suas instituições, ao Amazonas e às suas instituições, a Goiás e às suas instituições. Descabido por completo!”, lamentou.

Ele lembrou que, no mês passado, o Governo Federal já havia determinado o corte de 42% nas verbas para o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “E não é verdade, muito pelo contrário, que se utilizava desse pretexto de que se investiria na educação básica, quando R$ 7 bilhões foram bloqueados, contingenciados e, desses, R$ 2,4 bilhões dizem respeito à educação básica nacional. Não é possível que nós nos permitamos isso que esteja acontecendo”.

Assessoria de Imprensa

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