Veja que nem sempre a teoria do bode na sala é uma piada. Pelo menos no registro da matéria veiculada por Marcelo José em seu blog não é. Traz uma contribuição valiosa a Operação Calvário.
Ao Gaeco/Ministério Público da Paraíba em especial. No Rio, o MP de lá identificou seis ligações (confira abaixo) entre junho e agosto de 2018 de Coriolano “Cori” Coutinho e Michelle Louzada Cardoso.
Michelle é a mesma mulher que aparece em vídeo entregando uma caixa de vinho com dinheiro a Leandro Nunes, ex-assessor da ex-secretária Livânia Farias. Os três já estiveram no cárcere.
Um trecho da denúncia do MP/Rio diz o seguinte: “Em complementação ao que já se afirmou, coube também a Michelle Cardoso – sempre no cumprimento das determinações de Daniel Gomes da Silva – manter contato com parentes de agentes políticos, e mais especificamente com Coriolano Vieira Coutinho, irmão do Governador do Estado da Paraíba, Ricardo Vieira Coutinho”.
E mais: “Com efeito, o histórico do terminal (21) 96806-5294, ativado por Michele Cardoso em junho de 2018 e utilizado exclusivamente para comunicações pertinentes à organização criminosa (apelidado de ‘big fone) manteve pelo menos seis telefonemas com o terminal (83) 98895-0040, registrado em nome de Coriolano Coutinho (e gravado na agenda telefônica de Daniel Gomes da Silva sob o apelo ‘Cori’”.
Há registros dos números, datas, horários, origem e destino, além de cada tempo das ligações telefônicas. Como se vê, o cerco está se fechando e a piada do bode na sala é evidenciada na Paraíba.
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