O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal de Justiça, negou pedido de informações da defesa do ex-governador Ricardo Coutinho para ter acesso a delação de Daniel Gomes da Silva, o lobista que disse ter pago propina ao socialista.
Coutinho pretendia ter acesso a outras investigações no âmbito da Operação Calvário, tendo recebido um sonoro “não” do ministro Gilmar Mendes. Além de Daniel Gomes, na denúncia que tornou o ex-governador e demais integrantes da ORCRIM em réu, existe outras colaborações.
É possível destacar de Leandro Nunes, Livânia Farias, Michele Louzada, Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro e Ivan Burity. Em todas, Ricardo Coutinho aparece como sendo o “comandante máximo” da organização criminosa que terá desviado mais de R$ 134 milhões da saúde da Paraíba.
A defesa de Coutinho chegou a falar no pedido de acesso as investigações, em especial as delações, em “descumprimento” de decisões do ministro do STF, também do Tribunal de Justica da Paraíba. No despacho, Mendes escreveu:
“No que diz respeito ao pleito de reabertura de prazo para apresentar resposta à acusação, entendo que, no curso do processo penal, o reclamante terá a oportunidade de exercer o devido contraditório e ampla defesa com relação ao material a ser eventualmente disponibilizado em razão dessa decisão”, diz o despacho.
E arremata: “Por isso, indefiro o pedido de reabertura de prazo para apresentar resposta a acusação”.
Enquanto isso, Ricardo Coutinho segue sua vida normal, de tornozeleira eletrônica e cumprindo outras medidas cautelas, a exemplo de se recolher em sua residência até às 20hs e sendo monitorado o tempo inteiro.
Blog de Marcone Ferreira
