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Empresa recebe R$ 48 mi e não entrega respiradores

Uma operação – batizada de “Ragnarok – realizada pela Polícia Civil da Bahia na manhã desta segunda-feira (1) prendeu três empresários acusados de vencer respiradores ao Consórcio Nordeste, do qual à Paraíba integra juntamente com outros governadores do Nordeste. A compra foi feita para equipar hospitais paraibanos no combate ao novo coronavírus.

Segundo informações, a empresa investigada se apresentava como vendedora dos produtos. As prisões foram feitas no Distrito Federal (2) e uma no Rio de Janeiro. Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. As investigações chagaram a um montante de R$ 48 milhões por um conjunto de respiradores.

Os equipamentos não foram entregues, tampouco os recursos foram devolvidos aos respectivos estados que adquiriram os respiradores.

Caso

A Justiça já havia determinado o bloqueio dos bens da empresa HempShare, que deixou de entregar os respiradores comprados por R$ 48,7 milhões aos estados nordestinos. A decisão ocorreu após uma ação aberta pelo Consórcio.
No Diário Oficial do Estado da última sexta-feira (29), representando o Consórcio Nordeste, o governador do estado, Rui Costa instaurou processo administrativo com a finalidade de apurar irregularidades praticadas pela empresa Hempcare, com sede em São Paulo.

No documento, consta a informação de que a empresa foi contratada pelo Consórcio Nordeste em 8 de abril de 2020, e que inquérito foi aberto por haver indícios de descumprimento das obrigações contratuais, mediante a inexecução contratual. Os indícios de irregularidades não foram detalhados no documento.

A dona da empresa, que teve os bens bloqueados, informou que fez o contrato pra importar respiradores da China, mas que durante as negociações percebeu que os equipamentos fabricados no país apresentavam problemas. A empresa afirmou que, em contrapartida, ofereceu respiradores produzidos no Brasil, testados pela Anvisa e mais baratos. Ainda segundo a empresa, caso a substituição fosse aceita, ao invés de 300, mais de 400 respiradores seriam entregues.

Foto: Divulgação/Polícia Civil do DF

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