ORCRIM: Coutinho nega ser o ‘comandante máximo’
Copiando o ex-presidente Lula durante o período de cárcere, o ex-governador Ricardo Coutinho, em entrevista a Carta Capital, disse que está sendo vítima de uma aliança da Justiça, do Ministério Público e da mídia da Paraíba, com o objetivo de unir forças para sepultar seu “projeto político”.
Afirmou: “Houve uma grande aliança entre a mídia e o Ministério Público, com o intuito de enterrar um projeto político que mudou a realidade da Paraíba”.
Coutinho deu explicação dele ser o “comandante máximo” de uma organização criminosa desbaratada pela Operação Calvário. “A intenção não era investigar nada, mas chegar a mim. As palavras mágicas eram Ricardo Coutinho. Conseguiram cinco delações. Todos estão soltos, ninguém usa tornozeleira eletrônica. Um desses delatores, que nunca teve uma reunião comigo, nunca me viu pessoalmente, acabou por dizer: Ricardo Vieira Coutinho era chefe da organização criminosa”. Não citou o nome do delator.
Em outro trecho da notícia, o ex-governador transfere a responsabilidade pelos pagamentos à Cruz Vermelha gaúcha e outras organizações sociais e aos ex-secretário de Saúde. Mesmo não tendo citado o nome de Waldson de Sousa, seu ex-secretário da Pasta, quem mais poderia ser (?)
“Além disso, eu, como governador, não era o ordenador de despesas. A ordem cabia à Secretaria de Saúde. Na falta de provas, fizeram circular muitas mentiras.”
Negou o desvio de R$ 134,2 milhões, conforme apontaram as investigações da força-tarefa: “(Os promotores) são incapazes de provar a corrupção. São contas que eles divulgam, mas não colocam explicitamente nas denúncias em tramitação na Justiça. Eles passaram a fatiar as mesmas acusações em busca da espetacularização.”