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Pedras de Fogo: candidato pode ter omitido bens ao TSE

O candidato a prefeito de Pedras de Fogo, Lucas Romão, mora numa casa muito bem avaliada, de fazer inveja a qualquer morador da cidade. No entanto, declarou ao Tribunal Superior Eleitoral não possuir “nenhum bem cadastrado”.

A surpresa quando à declaração é que todos no município conhecem o poderio financeiro da família, que é dono de um dos maiores patrimônios da região. Sobrinho do prefeito Dedé Romão, Lucas mora em uma bela e enorme mansão.

Os moradores garantem que o imóvel lhe pertence, bastando lembrar que, no começo do mês, o candidato divulgou pelas redes sociais que sua “residência” foi alvo de disparos de arma de fogo.

Escreveu: “Na madrugada de hoje (07) fui surpreendido pelo som de tiros disparados no entorno de minha residência. Ao analisar as imagens das câmeras, verifiquei que os disparos de arma de fogo foram realizados em direção a minha residência…”

“… O autor dos tiros passou em um automóvel por trás da minha residência. Apesar do susto, eu e minha esposa estamos bem”, comentou.

Lucas foi por muito tempo secretário de Infraestrutura da cidade e recebia salário de R$ 8.226,46. Sua esposa, também, tinha um bom vencimento, algo em torno de R$ 5.523,26 pagos pela Prefeitura. Juntos, receberam R$ 160 mil em apenas um ano.

“Se com esse salário todo não comprou nenhuma casa, não terá competência para administrar a cidade”, disse Manoel Vergara, um nome fictício de um morador da cidade, que pediu para não ser identificado temendo represália.

O mesmo popular cobrou apuração do Ministério Público para saber se a declaração de bens informada pelo candidato ao TSE corresponde ao real patrimônio declarado à Receita Federal.

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