Por violar a tornozeleira, Coriolano é mantido preso
Coriolano Coutinho, irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, foi mantido na cadeia, conforme despacho da ministra Laurita Vaz, relatora dos feitos no âmbito da Operação Calvário no Superior Tribunal de Justiça.
Ele está com prisão preventiva decretada durante a 10ª fase da Operação Calvário na semana passada, a pretexto de que teria violado de forma deliberada do uso da tornozeleira eletrônica, deixando o sistema fora do ar.
Conforme o despacho, “as informações referentes a violações acima informadas não possuem relação com problemas no dispositivo”. A magistrada entendeu que não foi problema com o dispositivo.
Lembra, também: “Apesar de advertido, Coriolano Coutinho, estranhamento, não comunicou os supostos problemas nas datas em que teriam ocorrido, tampouco nos dias subsequentes”.
A defesa de “Corio” protocolou uma informação que o acessório teria descarregado a bateria. Sobre o assunto, a ministro pontuou: “Coriolano Coutinho limitou-se a afirmar que o ‘descarregamento da bateria da tornozeleira eletrônica do Requerente ocorreu em virtude problema técnico no equipamento…”
“… A justificativa apresentada por Coriolano Coutinho para as violações não está alicerçada em provas. Pelo contrário, a arguição defensiva encontra-se totalmente em dissonância dos registros da Central de Monitoração, a qual demonstrou prestar a atenção e o suporte necessários para o perfeito e eficaz funcionamento da tornozeleira eletrônica, bem como do carregador para aquele aparelho…”
“… Diante desse cenário, queda iniludível o descumprimento injustificado das medidas cautelares diversas da prisão, tendo em vista que Coriolano Coutinho violou, reiteradamente e sem autorização prévia do juízo, os limites da comarca domiciliar, de forma livre e consciente, deixando o sistema de fiscalização ‘às cegas’, por várias horas”, arrematou.