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EUA proibiram uso de antivírus da empresa Kaspersky Lab em computadores do governo

Agências e departamentos do governo federal norte-americano foram ordenados a remover ou substituir produtos da empresa de segurança russa Kaspersky Lab nesta quarta-feira (13), segundo fontes ouvidas pelo jornal “Washington Post”.

A orientação dada pelo Departamento de Segurança Nacional teria sido motivada pela suspeita de uma ligação entre a fabricante de antivírus e operações de ciberespionagem da Rússia.

Em julho, o governo norte-americano removeu a Kaspersky Lab da lista de “fornecedores aprovados”, o que já deixou a empresa sob pressão e impossibilitada de obter novos contratos. Agora, todos os produtos terão de ser removidos.

Segundo o “Washington Post”, o governo definiu um prazo para a desinstalação dos produtos, mas esse prazo não foi informado pela reportagem do jornal.

O que diz a Kaspersky?

A Kaspersky Lab nega as acusações. A empresa diz que não coopera com nenhuma operação de ciberespionagem, de nenhum governo, e que as autoridades norte-americanas não apresentaram evidência para fundamentar os argumentos da proibição. A companhia diz estar no fogo cruzado de uma disputa geopolítica entre os Estados Unidos e a Rússia.

Segundo as fontes anônimas citadas pelo “Washington Post”, há preocupação dentro do governo norte-americano de que a Kaspersky Lab seria obrigada a cumprir ordens do governo russo. A empresa também estaria sendo obrigada a prestar auxílio a espiões que quisessem acessar sistemas ou interceptar dados dos Estados Unidos.

A decisão vale apenas para o governo federal, mas governos estaduais e municipais serão pressionados a tomar atitudes semelhantes.

Interferência nas eleições

As tensões entre os Estados Unidos e a Rússia estão altas desde o surgimento de alegações de que o governo russo interferiu nas eleições americanas de 2016.

Segundo analistas de inteligência dos Estados Unidos, agentes russos teriam se infiltrado nos sistemas do Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês) para vazar e-mails e prejudicar a campanha de Hillary Clinton.

Russos também teriam se envolvido na disseminação de notícias falsas com o mesmo objetivo.

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