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Homenagens às advogadas, a triste realidade da Paraíba e o quanto precisamos avançar

O tema do artigo em homenagens às advogadas (confira texto abaixo) do advogado Raoni Vita diz: “Podemos também afirmar sem medo: a advogada paraibana é, antes de tudo, uma forte!”

E complementa: “e que ela precisa lutar contra o preconceito arraigado e remar numa maré que até a OAB/PB tenta jogar contra e em nada ajuda”.

Acompanhe:

“Na obra “Os Sertões”, Euclides da Cunha eternizou que o “sertanejo é, antes de tudo, um forte”. Podemos também afirmar sem medo: a advogada paraibana é, antes de tudo, uma forte! Ela precisa lutar contra o preconceito arraigado e também remar numa maré que até a OAB/PB tenta jogar contra e em nada ajuda.

Meus parabéns a estas guerreiras pela data que simboliza suas lutas (próxima segunda-feira, 08 de março), e por conseguirem, muitas vezes com inúmeras obrigações paralelas que também exigem sua dedicação, enfrentar tantos obstáculos numa atividade que sempre teve uma mentalidade retrógrada.

Na contramão do mundo, há apenas dois meses, a OAB/PB foi A ÚNICA (graças a Deus, ficou vencida) Seccional do país a ter a ousadia incompreensível de votar contra o aumento dos espaços de poder para advogadas na Ordem, tentando manter seu histórico machista.

Não é possível ficarmos nas palavras e discursos motivacionais vazios, desacompanhados de ações, ou pior, indo no sentido oposto.

Nós temos valiosíssimas colegas no nosso estado que possuem altas qualidades intelectuais e sociais, e que merecem ocupar espaços que por justiça são delas. Somos pares de igual estatura, e assim deve ser reconhecido. Na última eleição, tivemos uma chapa opositora paritária, mesmo sem qualquer obrigação legal, mas por princípios.

Precisamos de uma instituição que incentive outras colegas a partir, por exemplo, de projetos de inclusão de advogadas no mercado de trabalho, através de parceiras com benefícios para escritórios, lutar por financiamentos com linha de crédito diferenciado aos escritórios que tenham advogadas.

Temos também que criar mecanismos para coibir discriminação, assédio moral e sexual, defender suas prerrogativas ainda mais violadas com contornos sexistas, promover capacitação com mentorias especializadas contínuas para auxiliar a romper as barreiras.

Amigas, continuem em frente, de cabeça erguida por tudo que têm conquistado de maneira brava, e contém sempre conosco, pois há como avançarmos verdadeiramente irmanados, podem acreditar!”

Raoni Lacerda Vita (OAB/PB 14.243)

 

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