Câmara homenageia o advogado José Silveira [im memoriam]
A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) realizou na tarde desta quarta-feira (18), a entrega da medalha cidade de João Pessoa ao advogado José Silveira (im memoriam). A propositura foi do vereador Junio Leandro (PDT). Silveira teve um infarto fulminante quando participava no dia 20 de abril de uma sessão especial na Câmara para discutir a Mobilidade Urbana. Uma equipe do SAMU compareceu ao local rapidamente, mas não conseguiu reanimá-lo.
Em sua fala, Junio Leandro disse que o advogado José Silveira sempre enxergou a justiça social e a luta pelo honesto e correto como os caminhos mais duros a seguir, mas também o caminho certo. “José Silveira nunca teve vaidade em relação a parte financeira, nem a nada. A sua luta era ver acontecer a justiça, tanto para um trabalhador, como para a classe inteira. Ele não tinha a advocacia como sustento, mas a sensação de justiça era o que o alimentava”, afirmou.
Lucas Silveira, filho do homenageado, acrescentou que o pai advogou durante mais de 30 anos de forma honesta, aguerrida e leal. “Além de advogado, em que ele defendeu de forma assídua os direitos trabalhistas, de várias categorias profissionais, principalmente motoristas e cobradores de ônibus, ele também foi, poucos sabem, professor de educação física por mais de 10 anos no bairro de Mangabeira. Ele era uma pessoa humana, bastante generosa, que com certeza irá fazer muita falta, mas tenho certeza que ele está ao lado de Deus, em uma missão maior, rezando e nos iluminando”, ratificou.
Bento Silveira, irmão do homenageado, falou que “o que fica para todos nós advogados e familiares é o legado que ele deixou da bondade e da luta”.
Para a filha do homenageado, Leonora Silveira, o pai era uma pessoa que sempre tinha uma solução rápida para qualquer problema. “Perder o pai, com certeza é perder um porto seguro, um lugar para o qual a gente sabe que sempre pode voltar. Mas perder um pai sonhador, com tantos ideais, como ele tinha, torna as coisas um pouco mais fáceis, pois sei que ele sempre estará presente no nosso cotidiano, em pequenas coisas, que irão suprir essa falta. Sua passagem foi breve, mas essa é a característica dos espíritos revolucionários”, destacou.
Maria Goreti da Silva, viúva do advogado, afirmou que ele plantou tudo o que há de melhor no ser humano aqui na esfera terrena. “Ele tinha uma qualidade de não colecionar clientes constituintes e sim amigos, pois todos terminavam amigos”, finalizou.