A atual composição do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da Paraíba terá a grande oportunidade de corrigir um erro do passado, quando deixou de cassar o mandato do então governador Ricardo Coutinho, atualmente filiado ao PT, por abuso de poder econômico em sua reeleição, em 2014.
Absolvido aqui, o processo foi parar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que condenou o então governador por unanimidade, não com a perda do mandato, já que ele tinha cumprido de forma ilegítima durante quatro anos do seu segundo governo, porém, com a inelegibilidade por oito anos.
Candidato a senador, ele (Coutinho) suplica o perdão da Justiça Eleitoral para ter o direito de concorrer nas eleições deste ano. O Ministério Público Eleitoral já opinou pela impugnação do hoje petista. Resta o plenário do TRE decidir se referenda o parecer do MPE, ou não.
O julgamento deverá acontecer nesta sexta-feira (9) e tudo leva crer que será mantida a inelegibilidade, já que o petista está com sua ficha suja para o eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa até 5 de outubro deste ano.
Pesa ainda contra o ex-governador a condição de réu em várias ações penais no âmbito da Operação Calvário, quando foi preso pela Polícia Federal em dezembro de 2019; além de três contas sujas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), a dos exercícios de 2016, 2017 e 2018.
Ricardo é acusado pelo Ministério Público do Estado de ser o “comandante máximo” de uma organização criminosa instalada em seu governo, que teria desviado mais de R$ 134 milhões da saúde dos paraibanos, também da educação.
Blog de Marcone Ferreira
