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‘Esse impacto será sentido daqui a dois meses’

Preocupadas com a greve dos caminhoneiros, que completou nesta terça-feira (29) seu nono dia, as entidades do setor produtivo da Paraíba emitiram uma nota oficial, em que o pedido, em forma de apelo, é pelo fim do movimento que paralisou o país.

Na manhã de hoje, no Palácio da Redenção, os dirigentes se reuniram com o governador Ricardo Coutinho (PSB), que também demonstrou preocupação com o momento vivido pelo país. Segundo as entidade, “o impacto num futuro próximo ainda é de proporções incalculáveis”.

Em sua fala, o governador Ricardo Coutinho encaixou aspectos ainda mais preocupantes: “Esse impacto vai ser sentido daqui a dois meses quando medirmos o ICMS e o Estado terá que pagar suas contas, quando as empresas tiverem que pagar suas contas, quando os trabalhadores, aqueles que vivem em função da comissão que recebem ou da venda, perceberem que não venderam e vão ter que viver com metade da sua renda”.

Outro aspecto relevante: “Temos estoque crítico de gás e alimentos nos presídios. São 12.700 homens e mulheres em regime fechado e o estado é o responsável. Ninguém pode ficar preso sem alimento. Além de cinco cadeias que dependem de carros-pipas e nós estamos enfrentando dificuldades”.

 

NOTA OFICIAL

Nós, representantes dos setores produtivos do Estado da Paraíba, abaixo assinados, profundamente preocupados com a atual situação vivida pelo Brasil, cujo impacto num futuro próximo ainda é de proporções incalculáveis, após reunião com o Governo do Estado:

 

Considerando os prejuízos já registrados na agricultura, no comércio, na indústria e nos serviços, que atingem diretamente a vida do brasileiro, com abalo direto na manutenção de emprego e de renda;

 

Considerando a realidade de paralisação de 45% na indústria brasileira; e, na Paraíba, a queda de até 28% nas vendas do varejo, bem como a preocupante desocupação de 90% da rede hoteleira local, desabastecimento dos supermercados e suspensão do funcionamento dos restaurantes;

 

Considerando ainda os efeitos nocivos na arrecadação por parte dos poderes públicos para assegurar a manutenção regular dos serviços, com a desaceleração profunda dos setores econômicos;

 

Enfim, pelo completo risco de colapso econômico e, consequentemente, social num momento em que o Brasil inteiro esperava pela recuperação da economia, estamos

pedindo claramente o fim absoluto do movimento, cujas reivindicações já foram publicamente atendidas, a fim de que, independentemente das variadas e legítimas posições políticas, se possa resgatar o mínimo de normalidade e trabalhar para atenuar os prejuízos que já marcaram o fluxo da economia brasileira.

 

Fiep – Buega Gadelha

Fecomércio – Marconi Medeiros

Sindicato das Escolas Particulares – Odésio Medeiros

AETC/JP – Isaac Junior

Associação dos Supermercados – Damião Evangelista e Cícero Bernardo

CDL João Pessoa – Nivaldo Vilar

CDL Campina Grande – José Artur Melo de Almeida

Abrasel – José Miguel

ABIH – Manuelina Alves Hardman

Sebrae – Walter Aguiar

Sindetranstur – Napoleão Crispim

Associação Avícola do Estado da Paraíba – Ivanildo Coutinho

Transnacional – Alberto Nascimento

Sindicato do Comerciários – Rogério Brás

APCA – Mário Tourinho

Secom-PB

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