Cidadedestaque

Prova de resistência encerra etapa de JP da Copa Brasil

Pelo terceiro ano consecutivo, João Pessoa foi a capital do paraciclismo. A competição de resistência encerrou na manhã deste domingo (17) a última etapa da Copa Brasil, com a participação de 112 atletas de 15 estados e dois países, e que vai formar a Seleção Brasileira para a disputa dos Jogos Parapan-Americanos do Chile, que serão disputados em novembro.

O secretário de Juventude, Esporte e Recreação, Kaio Márcio, destacou a importância da cidade para o cenário do paradesporto nacional, e reforçou o papel e apoio da Prefeitura, além do esforço do prefeito Cícero Lucena, em tornar o Município um polo de competições, além da inclusão no esporte e a promoção das iniciações esportivas. “Este evento, que é o carro-chefe de 90% dos atletas envolvidos na competição atual, representa um marco significativo e o que torna um destino atrativo para atletas de outras localidades, que desejam competir e participar de eventos esportivos na região”, concluiu.

A atleta Jaddy Malavazzi, multicampeã no esporte, dominou a categoria WH3 (com transtorno do movimento de alto grau no tronco). Ela foi a grande vencedora no contrarrelógio e na prova de resistência. Entusiasmada, a paranaense elogiou à hospitalidade do povo paraibano que tem acolhido de forma calorosa o paradesporto nos últimos três anos. “João Pessoa é linda, e é sempre muito boa a estrutura turística que vocês nos oferecem, sem contar nesse mar lindo, com toda essa beleza natural e carinho do povo, inspiração não falta”, disse.

Representante do estado de Sergipe, Ulisses Freitas dominou na MH4 (paraplégicos com moderada limitação) e garantiu o lugar mais alto do pódio nas duas provas. Da mesma forma, Lauro Mouro Chaman, que foi impecável na C5 (para atletas amputados e com outras deficiências físico-motoras). O maior atleta brasileiro do ciclismo na atualidade com duas medalhas, prata e bronze, na Rio-2015, aproveitou a disputa para melhorar ainda mais a performance. “Eu me cobrei muito para os Jogos de Tóquio-2020, a medalha de ouro é a única que nos falta, mas quero não fazer isso como uma pressão. Perdi a oportunidade na última, e isso foi um enorme aprendizado, então, agora é trabalhar, continuar focada e com o apoio da família, quem sabe a gente consiga essa medalha dourada”, completou.

Festa fora das pistas – O apoio da torcida também foi fundamental para os ciclistas. Gritos de incentivo não faltaram. Foi o caso da esposa do competidor potiguar, Jackson Alexandre da classe H2 (para atletas impulsionados pelos braços com paraplegia e/ou tetraplegia), que viajou mais de 180km para apoiá-lo em João Pessoa. Marília Silva compartilhou a emoção de estar na torcida pelo marido. “É muito tenso ficar aqui fora durante duas horas, mas nos momentos que consigo vê-lo dá para empolgar, chamar, gritar, e quase competir com ele. Vai dar certo”, comentou.

O técnico da Seleção Brasileira de Paraciclismo, Romolo Lazzaretti, expressou a gratidão ao prefeito Cícero Lucena, por proporcionar as condições ideais para a equipe realizar uma seletiva. “Aqui não é apenas uma preparação, mas uma seletiva que vai determinar os ciclistas que terão a honra de representar o País em Santiago-Chile, e as características daqui são semelhantes às que os atletas vão encontrar no Parapan”, agradeceu.

O evento é uma organização e realização da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) com apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Prefeitura de João Pessoa, através da Secretaria de Juventude, Esporte e Recreação (Sejer), e Federação Paraibana de Ciclismo (FPC).

Artigos relacionados

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo