“O interesse do Hezbollah em qualquer lugar do mundo é matar os judeus”, declaração proferida pelo embaixador de Israel em Brasília, Daniel Zonshine, em entrevista concedida a O Globo.
Zonshine disse que o Hezbollah planejou um ataque a entidades judaicas em solo brasileiro por contar com apoiadores no país. Como se sabe, e amplamente noticiado, à Polícia Federal prendeu dois suspeitos.
Os investigados teriam envolvimento com o grupo terrorista libanês. Foram cumpridos na operação de ontem 11 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal.
“Se escolheram o Brasil, é porque tem gente que os ajuda”, reforços Zonshine, citando a Tríplice Fronteira – Brasil, Argentina e Paraguai – como uma região em que há apoiadores do grupo libanês.
O embaixador lembrou o atentado contra a Amia (Associação Mutual Israelita Argentina) em Buenos Aires, que matou 85 pessoas em 1994. Em 2006, a Promotoria argentina acusou formalmente o regime iraniano e o Hezbollah pelo ataque.
“O Hezbollah ia fazer no Brasil o mesmo que fez na Argentina”, acredita o embaixador israelense.
Redação/O Globo