Finalmente, uma realidade chamada Centro Histórico
O prefeito Luciano Cartaxo disse que “o projeto que nós estamos desenvolvendo é feito de forma a integrar a cidade antiga com a cidade nova, da praia, da Orla”, informou ele se referindo a inauguração do projeto da Villa Sanhauá realizada nesta terça-feira (26), uma obra aguardada pela população ao longo de 14 anos, mas que acaba a ganhar vida e sair do papel na atual gestão da Prefeitura de João Pessoa.
Vanguardista em todo o país e modelo para demais capitais por unir, na revitalização de prédios históricos, as modalidades de moradia, comércio e serviço, o projeto inteiramente desenvolvido pela Secretaria Municipal de Habitação Social (Semhab) e com investimento de R$ 4,2 milhões em recursos próprios foi entregue na noite desta terça-feira (26) pelo prefeito Luciano Cartaxo.
Prestes a completar 433 anos, o passado e o futuro de João Pessoa se fundem e constroem uma nova história. A narrativa começou a mudar a partir de 2013, quando a atual gestão deu início a um vigoroso programa de revitalização do Centro Histórico, unindo a recuperação de prédios e espaços públicos, aliado à inovação e pioneirismo na sua ocupação, tornando a região onde a cidade surgiu em um polo turístico, econômico e cultural. Esse projeto já soma R$ 50,7 milhões em obras de revitalização concluídas.
“O projeto que nós estamos desenvolvendo é feito de forma a integrar a cidade antiga com a cidade nova, da praia, da Orla. Por isso, desde lá podemos ver obras como a calçadinha, vindo pela Beira Rio – que é uma nova avenida, a mais completa da cidade, chegando no Centro onde temos o Parque da Lagoa, Praça da Independência, Pavilhão do Chá, Hotel Globo, Casa da Pólvora e agora a Villa Sanhauá. Enquanto outros abriram mão após muitas promessas, nós enfrentamos o desafio, fizemos o projeto, destravamos a obra e hoje ela é realidade”, afirmou Luciano Cartaxo.
Durante a solenidade de inauguração da obra, o prefeito entregou simbolicamente a chave para permissionários e cessionários que viverão nas 17 unidades habitacionais e seis comerciais, além de um prédio institucional, onde vai funcionar a Casa do Empreendedor, com estimativa de atender a 200 pessoas diariamente. Dentre os estabelecimentos comerciais estão a Casa do Sampa JP, o Vila do Porto, duas galerias de artes, um estúdio fotográfico e o Grupo Cultural de Maracatu Pé de Elefante. Após a solenidade de entrega da Villa Sanhauá, que contou com a presenta de deputados federal, estadual e vereadores, a Banda 5 de Agosto e Preto Netto se apresentaram para o público presente.
Fernando Trajano, permissionário que é responsável pelo grupo de maracatu, explicou o funcionamento da casa. “A casa será aberta diariamente com exposições de maracatu, de quadros para venda, artesanato e adereços. Além de trabalhar com a construção e instrumentos de maracatu e de outras manifestações culturais, também vamos oferecer oficinas gratuitas para a comunidade envolvendo o coco, a ciranda, a capoeira. A ideia da Villa Sanhauá é fantástica e nós nos juntamos para dar nossa contribuição porque é muito importante revitalizarmos nossos espaços, nosso Centro Histórico, tomar de ação, de vida, colocar cultura, lazer e educação, porque é isso que nossa juventude precisa”, afirmou.
A artista plástica Renata Cabral, primeira colocada no processo lançado pelo edital pela Semhab, destacou a transparência do projeto. “A gente que é de João Pessoa e sabe da importância do nosso Centro Histórico. Quem lembra o abandono destes casarões e agora vê o ressurgimento deles percebe que é realmente algo que só poderia vir de uma gestão com um olhar profundo para os valores da cidade. Acompanho o trabalho da Prefeitura e vejo que tudo é feito com muita seriedade e transparência. O edital foi bastante criterioso e consegui o primeiro lugar em uma concorrência legítima”, disse.