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Promotor relata ameaças em entrevista a CBN

Em entrevista ao CBN João Pessoa nesta quinta-feira (5), o promotor de Justiça, Octávio Paulo Neto, coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), revelou estar sofrendo ameaças de morte. Ele é responsável pelo combate a corrupção no Estado, que resultou na prisão de prefeitos, ex-prefeitos, e operação “Cartola”, que afastou a cúpula da Federação Paraibana de Futebol.

Através das ações do promotor Octávio Paulo Neto, dois prefeitos foram presos e afastados de suas funções. Foram eles: Berg Lima, de Bayeux e mais recentemente Leto Viana (PRP), de Cabedelo. Também da primeira-dama da cidade, vereadores e funcionário da Prefeitura da cidade. E, ainda, da ex-prefeita de Conde, Tatiana Correa, posta em liberdade há poucos dias.

Na entrevista a CBN, replicada pelo jornalista Suetoni Souto Maior em seu blog, o coordenador do Gaeco sobre as ameaças afirmou: “Faz parte, até porque quando você atinge grupos políticos e econômicos, inequivocamente, você lida com interesses contrariados das mais diversas formas, das mais diversas proporções…”

“… A gente até compreende. Uma coisa é a pessoa desejar o mal e outra é ela praticar o mal. Desejar o mal, logicamente, quando você atinge determinado corrupto ou determinado criminoso, é normal ele querer o mal de quem o aciona. Mas daí até ele praticar, tem um espaço bem distante”, contou.

Ressaltou, ainda, que “a questão do receio (pelas ameaças), o medo é um bom conselheiro, porque a gente evita logicamente cometer erros de grande monta e faz parte do jogo. Agora, (o combate à corrupção) é um jogo que não tem marcha à ré. É só marcha para frente.

Disse que não irá se intimidar com as ameaças. “O membro do Ministério Público que não souber conviver com ameaças, tem que procurar outra função”, acrescentou. A Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Militar têm conhecimento das ameaças.

 

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