Na França, Emmanuel Macron ver a extrema direita avançar
A apenas uma semana do primeiro turno das eleições na França, a extrema direita lidera as pesquisas e almeja conquistar a maioria absoluta, superando a aliança de esquerda e o bloco governista.
A França irá às urnas neste fim de semana e no próximo em eleições antecipadas convocadas pelo presidente do país, Emmanuel Macron, após o resultado ruim de seu partido nas eleições para o Parlamento Europeu, no início de junho.
O RN e seus aliados aparecem à frente da Nova Frente Popular, uma coalizão de partidos de esquerda (de 27 a 29,5%), e da aliança centrista do presidente Emmanuel Macron (de 19,5 a 20%).
O presidente do RN, Jordan Bardella, se esforça para moderar a imagem do partido, assim como sua líder, Marine Le Pen, que deseja apagar o legado de seu pai, Jean-Marie Le Pen, conhecido por seus comentários racistas e antissemitas.
“Quero reconciliar os franceses e ser o primeiro-ministro de todos os franceses, sem qualquer distinção”, disse Bardella em uma entrevista ao ‘Journal du dimanche’ (JDD).
A votação, que ocorre em duas fases, vai eleger um novo primeiro-ministro — que governa em conjunto com o presidente, mas um mau resultado de sua sigla pode tornar o governo de Macron inviável.
Diante da perspectiva de um governo de extrema direita, milhares de pessoas protestaram em Paris e outras cidades francesas no fim de semana para denunciar o “perigo” que o RN representa para os direitos das mulheres.
Durante o protesto, associações feministas e sindicatos criticaram o “feminismo de fachada” do partido de extrema direita.
G1