Com uma liderança inédita da extrema direita nas pesquisas, a França vai às urnas neste domingo (30) em eleições convacadas há apenas três semanas para renovar o Parlamento do país e que podem tornar o governo do presidente francês, Emmanuel Macron, inviável na prática.
O pleito foi convocado antecipadamente no início de junho pelo presidente francês. Diante do resultado ruim de seu partido e do avanço da extrema direita nas eleições para o Parlamento europeu — o Legislativo de todos os países da União Europeia, com sede em Bruxelas –, Macron tomou a arriscada e surpreendente decisão de dissolver o Legislativo francês e marcar uma nova votação.
A resposta dos eleitores neste domingo, por enquanto, foi grande: o comparecimento às urnas até o meio-dia no horário local (07h no Brasil), foi o mais alto em 40 anos no país, com um índice de 28% do total de votantes. Macron e a líder da extrema direita, Marine Le Pen, já votaram, e as urnas ficam abertas até às 20h no horário local (15h do Brasil).
Pelo sistema político da França, semipresidencialista, os eleitores elegem os partidos que vão compor o Parlamento. A sigla ou a coalisão que obtiver mais votos indica então o primeiro-ministro, que, no país europeu, governa em conjunto com o presidente — este eleito em eleições presidenciais diretas e separadas das legislativas e que, na prática, é quem ganha mais protagonismo à frente do governo.
G1