O assessor especial de Lula (PT) para assuntos internacionais, Celso Amorim, disse nesta quarta-feira (7) temer “um conflito muito grave” na Venezuela.
“Eu temo muito que possa haver um conflito muito grave. Não quero usar a expressão guerra civil, mas temo muito. E eu acho que a gente tem que trabalhar para que haja um entendimento. Isso exige conciliação. E conciliação exige flexibilidade de todos os lados”, disse Amorim em entrevista para o Estúdio i.
Entre as medidas de flexibilização, Amorim citou as sanções impostas por Estados Unidos e União Europeia ao governo Maduro, e disse que o “nível de divisão” na Venezuela atualmente vai exigir mediação.
Amorim também disse ser “lamentável que as atas não tenham aparecido” após o término das eleições venezuelanas. Ele disse que falou sobre isso, inclusive, com o Nicolás Maduro.
“Eu disse isso para o presidente Maduro. Eu tive com ele no dia seguinte da eleição e perguntei sobre as atas. Ele me disse que seriam publicadas. Depois encontraram esse caminho pela Justiça. Eu tenho que confessar a minha ignorância, não compreendo bem ainda o que a Justiça vai fazer.”
O assessor especial também criticou a prisão de uma chefe regional de campanha do bloco de oposição venezuelana, que ocorreu na noite desta terça-feira (6), de acordo com a oposicionista María Corina Machado.