Eleições da OAB – O que mudou e Paulo Maia e seu marketing não entenderam?
Preferiu um discurso agressivo e sem reconhecer as conquistas de Harrison
Passadas as eleições da seccional paraibana da OAB, uma breve analise da campanha mostra que Paulo Maia ficou distante do presidente recém-reeleito Harrisson Targino por diversos aspectos, especialmente a comparação da gestão de um e do outro e, para coroar o sucesso do atual gestor, surgiu uma coalização de forças que fez a diferença no resultado final do embate.
A surpresa das eleições foi a folgada vantagem de Harrison sobre Paulo Maia, esse o maior derrotado, e Patrícia Azevedo; obtendo a maior votação da história das eleições da Ordem dos Advogados do Brasil e com uma consagradora diferença sobre o principal adversário em João Pessoa e Campina Grande. Só não foi maior porque Paulo focou nas pequenas subseções do interior do Estado.
Os advogados mudaram, a OAB mudou e Paulo Maia não conseguiu entender. Preferiu um discurso agressivo e sem reconhecer as conquistas da atual gestão. Parecia, no caso, estar concorrendo um cargo político-partidário, infinitamente diferente de um embate da Ordem, ainda mais em se tratando de uma entidade formada por gente que pensa e faz a leitura correta entre o bem e o mal.
O significado da derrota também foi de junção de forças da sua chapa. Perderam juntos a Paulo Maia, Maria Cristina (Kiu), Odon Bezerra, Rodrigo Toscano, Assis Almeida (esse, então) … Todos saíram menores.
Se de um lado Harrison trouxe sangue novo para o marketing da campanha com Jader e César, o ex-candidato Paulo optou por uma receita cansada, uma visão de OAB ultrapassada do seu marketing, capitaneado por Sérgio Almeida, derrotado com Kiu na eleição passada; Fábio Andrade, que era favorito na disputa do Quinto Constitucional e agora com a expressiva derrota de Paulo Maia. Sua campanha não conseguiu propor e expôs as fraquezas de Paulo Maia.
Se a gestão de Paulo Maia foi vazia, comparada com a de Harrison Targino, que soube em pouco tempo produzir e efetivar a construção da nova sede, um marco que ficará na história da OAB, o trabalho com os jovens, a ESA, mas sobretudo os espaços para as mulheres e a conquista da paridade no Quinto.
A pauta feminina fazia parte da gestão de Harrison, enquanto as marcas negativas deixada por Paulo Maia em relação as mulheres ainda repercutem tantos anos depois.
Enfim, são muitas conquistas da gestão liderada por Harisson comparada a de Paulo que em dois mandatos pouco fez. O desastre final foi se agarrar a um desconhecido professor Pedro Barreto e ao advogado Nelson Williams, os advogados paraibanos sempre rechaçaram essas intervenções externas.
Mas, aliado a tudo isso, Harrison ganhou porque soube manter ao seu lado nomes que sabem construir pontes e fazer a boa política, e liderando o conjunto dessas forças. Uma vitória folgada e tranquila que era prevista na expressão dos candidatos e do seu time. Ganhou o coletivo e o movimento.