Especialistas: ‘Etanol precisa ser escolha do consumidor’
Combustível limpo e renovável, o etanol deve ser prioridade na escolha do consumidor. O uso do etanol já evitou, em 17 anos, 515 milhões de CO2 na atmosfera. Por isso, no último dia 06 de junho, o Centro Interdisciplinar de Pesquisa em Educação e Direito (CIPED), por meio do Comitê de Economia Verde, encaminhou ao Deputado Raniery Paulino um ofício solicitando uma audiência para debater a redução de ICMS sobre o etanol na Paraíba.
De acordo com Priscilla Maciel, Presidente do Comitê de Economia Verde do CIPED, ” o etanol é um`amigo do meio ambiente’, mas precisa ser atrativo financeiramente. Só compensa usar o combustível derivado da cana- de- açúcar, que é o etanol, quando ele está abaixo de 70% da cotação média da gasolina. Somente São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso mantém esse percentual de atratividade. O etanol precisa ser a escolha do consumidor. Vários estados estão realizando campanha, a exemplo de Alagoas e São Paulo. A Paraíba precisa entrar nessa.” Vale ressaltar que a indústria sucroalcooleira é a que mais gera emprego na Paraíba.
Ciente da sua importância, o BNDES disponibilizou uma linha de crédito no valor de R$20 bilhões para as usinas estocarem etanol. As usinas produtoras do biocombustível foram afetadas com a parada da economia, principalmente as do centro-sul, que colhem a cana-de-açúcar no mês de março-abril. A colheita do Nordeste se dá no mês de agosto. A expectativa é que não sinta tanto com a recuada econômica e se acompanhada de ações de incentivo, tende a ser um grande aliado na retomada.
Outra novidade, veio do Conselho de Política Energética (CNPE) que deliberou em reunião no último dia 05 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, pela autorização das usinas venderem direto aos postos de gasolina sem a necessidade de passar pelo distribuidor. A respeito do tema, o Presidente da Frente Parlamentar de Biocombustíveis da Paraíba, o Deputado Estadual Tovar Correia Lima, afirmou que “O Governo Federal vinha discutindo isso desde o ano passado, que é possibilidade do usineiro vender direto ao posto, sem atravessador, que neste caso, é a Petrobrás.” A medida precisa ser ainda regulamentada.